Crescimento Físico e Desenvolvimento: Hereditariedade vs Meio

Um organismo não existe isolado do seu meio. Neste sentido, a actualização de um dado projecto genético resulta da interacção de um organismo e o seu meio físico e social. O meio exerce influência sobre o indivíduo logo desde a vida intra-uterina. Situações como a ingestão de medicamentos, determinadas doenças, podem provocar malformações ou excesso de choro, situações de toxicodependência, etc.

Hereditariedade: transmissão da informação genética de uma geração para a outra

Hereditariedade específica: diz respeito ao conjunto de características comuns a todos os membros da mesma espécie

Hereditariedade individual: refere-se ao conjunto de características próprias de um determinado indivíduo, tornando-o único e que por isso o distingue de todos os outros da sua espécie, salvo os gémeos monozigóticos.

Genótipo: corresponde ao conjunto de genes herdados dos progenitores.

Fenótipo: corresponde ao conjunto de características fisiológicas e psicológicas que o indivíduo apresenta; resulta da interacção do genótipo com o meio.

Maturação: conjunto de transformações fisiológicas que decorrem desde a fecundação até ao final do desenvolvimento do indivíduo.

Hereditariedade e inteligência: O QI está relacionado com factores hereditários e ambientais. Podemos concluir que a componente genética é um factor muito importante no desenvolvimento intelectual. Contudo, os factores do meio desempenham um papel decisivo na determinação do modo como a componente genética se expressará.

Etologia – Konrad Lorez

Através da etologia, os resultados obtidos em estudos do comportamento animal, servem para a complementação de conhecimentos sobre o Homem. Essa contribuição é especialmente útil em problemas nos quais a experimentação com humanos é impossível ou inconveniente, como os estudos de isolamento social em primatas não-humanos.

Embora não se possam expor resultados directamente, dada a importância das diferenças inter-específicas, estes estudos enriquecem a compreensão sobre os seres humanos quando comparados com sujeitos em situações menos controladas.

Entre os estudos mais relevantes, estão os do fenómeno do Imprinting (Cunhagem) descoberto inicialmente no comportamento das aves, mas actualmente, já foi identificado em primatas.

Estudo de Gémeos

São estudos comparativos que assumem duas formas ou modalidades – comparação entre características psicológicas e os comportamentos de gémeos idênticos e de gémeos dizigóticos; comparação dessas características e comportamentos de gémeos idênticos educados separadamente. A versão que desperta mais entusiasmo junto dos investigadores é o estudo de gémeos idênticos separados – por alguma razão – ou à nascença ou nos primeiros tempos de vida.

Estudos de Adopção

Consiste em comparar crianças adoptadas com os seus pais biológicos e os seus pais adoptivos.

Se as crianças tiverem comportamentos psicológicos semelhantes aos pais biológicos, pressupõem-se a influência hereditária. Caso as crianças se assemelhem aos pais adoptivos, pressupõem-se a influência do meio.